Chandi O.
Se há desafio grande para ela, é falar sobre si mesma. Vive habituada a fazer perguntas aos outros e sente-se sempre desajeitada a expressar-se sobre si mesma. Uma inquieta por natureza, sempre curiosa e com uma pergunta na manga. É observadora e a maior parte do tempo deixa-se guiar pelo hemisfério direito do seu cérebro. É intuitiva, emocional e apaixonada por 1001 coisas ao mesmo tempo. Considera-se uma especialista em multitasking, o que acredita que lhe confere o “poder” de ser distraída e atenta a tudo ao mesmo tempo. Sente que o mundo que existe dentro dela é demasiado grande para as fronteiras do seu próprio ser. Por isso, tem a urgência de se expressar através da escrita, música, dança e teatro.
1. Qual a característica que mais marca a tua feminilidade?
Bom essa pergunta é dose. Mas se me visse de fora, o que mais me encantaria nesse sentido, seria um certo “desajeitamento” de menina, que me acompanha desde sempre. O olhar naif e surpreso para cada dia, como se tudo fosse sempre novo e fresco. As palminhas que bato quando fico feliz de ir comer um chocolate com pistachio ou a minha elevação de sobrancelha quando algo me provoca algum desconcerto. Um caminhar que ao longe parece seguro e felino, e de perto se observa imberbe e castiço. É o paradoxo, acho.
2. Se esta sessão tivesse banda sonora, que música escolhias?
Anoushka Shankar – Traveller
3. Enquanto estavas a ser fotografada, pensaste em algum momento ou em alguém em especial?Pensei nas minhas irmãs de alma. Paula, Elisa, Priscilla, Cecília são algumas delas: recordei o quanto estamos ligadas. Lágrimas de sangue ou gargalhadas estridentes. A cada ciclo que se renova, a irmandade fênix perdura. Grata.
4. Ao olhar para as tuas fotos, o que mais gostas de ver em ti?
A gargalhada muda.
5. Existe uma foto preferida? Se sim, qual?
86. Movimento. Liberdade. Expressão.
6. Qual a sensação de ver o resultado final da sessão?
Depois de ultrapassar a fase de auto-crítica….contentamento e ideias para um novo projeto de escrita.