O meu nome é Elisabete (dizem ser nome de rainha mas sempre senti ser um nome demasiado pesado para mim na realidade), mais conhecida por Beta - o que também me fez querer sempre provar que era total oposto de uma “betinha” na minha adolescência, tendo passado de “maria-rapaz” a finalmente aceitar a minha feminilidade. E apesar do, ainda estigma associado à idade da mulher, eu adoro envelhecer/amadurecer precisamente pela confiança que isso me tem trazido. Confiança em Ser e em aceitar quem sou no meu todo, com defeitos e virtudes, luz e sombra. Empática e sensível, tenho alguma dificuldade em desassociar-me de ambientes menos positivos, mas pelo contrário também facilmente acredito contagiar com energia boa o que me rodeia. Pelo menos assim tento que seja, acredito no karma e energias e como tal acredito que esta experiência terrestre deva ser partilhada e vivida da melhor forma. Adoro desporto (a musculação ainda muito ligada ao lado “maria-rapaz” que ama independência e força) e natureza. A sua combinação então é perfeita porque acredito ser aqui a minha maior fonte para recarregar e inspirar. Enquanto artista que sou, é na natureza que encontro paz e energia. Acredito que a arte faça parte da natureza precisamente e finalmente reencontrei a minha natureza ao voltar a criar e a desenhar. Este caminho de regresso a nós mesmos é constante e por isso acredito a cada dia que passa, Ser e transparecer cada vez mais o meu Eu e que isso também é espelhado nesta incrível sessão, obrigada!

​

1. Qual a característica que mais marca a tua feminilidade?

Sensibilidade - é interessante pensar no que é a feminilidade e o que a caracteriza. Isto porque acredito estar presente em todos os indivíduos independentemente do sexo com que se identificam. E esta é uma característica associada à mesma e que julgo ter em bastante quantidade…isto porque acredito também que seja precisamente algo detectável através das fotografias, nos gestos, no olhar…acredito ser o traço que mais marca a minha feminilidade.

2. Se esta sessão tivesse banda sonora, que música escolhias?
 

Eric Hilton - Amor Astral (feat. Natalia Clavier) - nunca é facil escolher uma música só…mas esta tinha acabado de descobrir e interpreto-a como um amor próprio que ao mesmo tempo ecoa e se espalha. E pelo seu ritmo descontraído e feliz.